Nos últimos meses, a empresa Ambiental Crato se tornou o epicentro de uma tempestade de controvérsias na cidade de Crato. Reclamações vindas da população, alegações de contas abusivas e denúncias de irregularidades alimentaram uma crescente indignação. Diante desse cenário, era de se esperar que a Câmara de Vereadores, como representante dos cidadãos, respondesse prontamente às preocupações dos moradores. No entanto, a realidade parece muito diferente, pois apenas quatro dos 19 vereadores se comprometeram com a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a Ambiental Crato.
O vereador Erasmo Morais, autor do pedido de CPI, juntamente com os vereadores Jales Velloso, Luis Carlos Saraiva e Marquim do Povão, foram os únicos a assinar o projeto. O presidente do legislativo, Florisval Coriolano por está a frente da casa é impedido legalmente de assinar qualquer pedido de CPI. Essa falta de apoio dos demais vereadores coloca em evidência uma série de questionamentos importantes.
Primeiramente, é crucial questionar por que a maioria dos vereadores se recusou a investigar as demandas dos cidadãos cratenses. Diante das crescentes críticas e do clamor público, seria de se esperar que a Câmara de Vereadores demonstrasse compromisso com a transparência e a prestação de contas.
Além disso, é notável que a base de apoio à prefeitura municipal tenha se manifestado contrária à abertura da CPI. Isso levanta suspeitas sobre a independência do legislativo em relação ao poder executivo. A população espera que os vereadores atuem em benefício dos cidadãos, priorizando os interesses da comunidade sobre os alinhamentos políticos.