Gestores e parlamentares de Juazeiro do Norte e Barbalha reclamam de atrasos e da mudança na lista de medicamentos solicitados à Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. Segundo os gestores, a Programação Pactuada integrada (PPI), responsável pela compra conjunta, não tem atendido as necessidades dos municípios.
As reclamações são relacionadas à demora no envio e o recebimento fora do que é solicitado em planilha. Das solicitações em 2019, nenhum medicamento chegou aos municípios. A ausência dos remédios nas farmácias municipais tem motivado uma crise no sistema.
Os municípios enviam as solicitações uma vez a cada mês e o valor correspondente é descontado automaticamente nos repasses do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), recolhido pelo Estado. Entre os medicamentos escassos nos municípios, estão os de uso continuo para hipertensão, diabetes e controlados para saúde mental.
No Crato, o prefeito Zé Ailton Brasil (PP) admitiu os atrasos, mas garante que não há falta de medicamentos para população. O secretário André Barreto disse que os atrasos devem ser supridos pela compra direta ao fornecedor. Para a prática, André disse ter aprovado uma resolução no Conselho Municipal de Saúde e que a explicação da Secretaria de Saúde do Ceará é que os atrasos são causados por interrupção no fornecimento dos laboratórios que fornecem ao Estado.