Hoje, 24 de setembro, completa-se um ano da morte do ex-vereador Dárcio Luiz de Sousa, um dos nomes mais longevos e representativos da política cratense, que esteve na Câmara Municipal por mais de 40 anos, conquistando dez mandatos pelo voto popular. Sua trajetória foi marcada por uma relação direta com o povo, pela defesa de causas comunitárias e pela presença constante na vida social e esportiva do município.
No entanto, passado um ano de sua partida, fica evidente o silêncio das autoridades do Crato diante da memória de Dárcio Luiz. Nenhuma homenagem oficial foi feita até agora para reconhecer os serviços prestados por quem dedicou praticamente toda a vida pública à cidade.
O que se vê, infelizmente, é que a história de figuras como ele parece ser deixada de lado por divergências políticas ou pela pressa em apagar legados que não interessam ao jogo do poder atual.
É importante lembrar que acima da política existe o homem. E a grandeza de um representante público se mede, sobretudo, pelo reconhecimento popular. E quem, senão o povo, daria a alguém a confiança de dez mandatos consecutivos? Ninguém se mantém tanto tempo em um cargo eletivo sem ter deixado marcas profundas de trabalho e compromisso.
Ignorar a memória de Dárcio Luiz é, portanto, também desrespeitar a própria história do Crato. Se hoje a cidade busca se projetar para o futuro, precisa aprender a valorizar quem fez parte de sua construção. Divergências políticas não podem ser maiores do que a gratidão e o respeito.
No próximo sábado, 27 de setembro, às 15h, na Paróquia São Sebastião, em Dom Quintino, familiares e amigos celebram a missa de um ano de vida eterna de Dárcio Luiz de Sousa. Mais do que uma cerimônia religiosa, será um momento de preservar sua memória — memória que deveria estar também na agenda oficial do município que ele tanto serviu.